A raça humana parecia ter existido até aquele momento apenas para desenvolver-se ao ponto de servir às suas vontades e necessidades.
Nada de realmente importante teria acontecido antes de seu nascimento e após sua morte a humanidade poderia simplesmente deixar de existir, pois não teria mais nenhum objetivo significativo.
Incomodava-lhe não ser o centro das atenções e os elogios a outras pessoas pareciam-lhe praticamente uma ofensa pessoal, tirando seu humor e lançando-lhe numa imediata necessidade de dizer ou fazer algo para também receber elogios.
Quando dizia algo, se as pessoas não concordassem ou sorrissem, considerava-se desaprovado e tornava-se hostil e recolhia-se a si mesmo – local onde se sentia muito bem, diga-se de passagem!
A era digital com suas máquinas fotográficas, celulares e filmadoras, que permitem tirar inúmeras fotos de si mesmo e filmar-se fazendo os comentários que julgava importantes, era o tempo feito para ele. Podia também disponibilizar tudo isso na Internet e ficar horas trocando suas opiniões com amigos virtuais; ou imprimir em casa e distribuir para as pessoas suas fotos e arquivos, além de fazer pastas de seus momentos mais importantes, de forma que os outros pudessem ter o prazer e privilégio de compartilhar tais tesouros.
Tinha um desejo secreto de que quando morresse fosse embalsamado para que todos os seus descendentes tivessem a oportunidade de ver seu corpo, mesmo sem o brilho e o charme da centelha da vida, mas como não tinha coragem de admitir tal capricho, dizia que gostaria de ser cremado e que suas cinzas sejam guardadas em uma urna de ouro com seu nome gravado.
Foi notícia do jornal da sua pequena cidade quando morreu atropelado por um ônibus ao atravessar a principal avenida local enquanto falava no celular, e depois foi enterrado na sepultura da família no cemitério municipal.
Nada de realmente importante teria acontecido antes de seu nascimento e após sua morte a humanidade poderia simplesmente deixar de existir, pois não teria mais nenhum objetivo significativo.
Incomodava-lhe não ser o centro das atenções e os elogios a outras pessoas pareciam-lhe praticamente uma ofensa pessoal, tirando seu humor e lançando-lhe numa imediata necessidade de dizer ou fazer algo para também receber elogios.
Quando dizia algo, se as pessoas não concordassem ou sorrissem, considerava-se desaprovado e tornava-se hostil e recolhia-se a si mesmo – local onde se sentia muito bem, diga-se de passagem!
A era digital com suas máquinas fotográficas, celulares e filmadoras, que permitem tirar inúmeras fotos de si mesmo e filmar-se fazendo os comentários que julgava importantes, era o tempo feito para ele. Podia também disponibilizar tudo isso na Internet e ficar horas trocando suas opiniões com amigos virtuais; ou imprimir em casa e distribuir para as pessoas suas fotos e arquivos, além de fazer pastas de seus momentos mais importantes, de forma que os outros pudessem ter o prazer e privilégio de compartilhar tais tesouros.
Tinha um desejo secreto de que quando morresse fosse embalsamado para que todos os seus descendentes tivessem a oportunidade de ver seu corpo, mesmo sem o brilho e o charme da centelha da vida, mas como não tinha coragem de admitir tal capricho, dizia que gostaria de ser cremado e que suas cinzas sejam guardadas em uma urna de ouro com seu nome gravado.
Foi notícia do jornal da sua pequena cidade quando morreu atropelado por um ônibus ao atravessar a principal avenida local enquanto falava no celular, e depois foi enterrado na sepultura da família no cemitério municipal.
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