O príncipe
Era uma vez em um reino distante no tempo e no espaço, um jovem príncipe que foi preparado com todo o zelo por seus pais desde a mais tenra idade para viver e governar com sabedoria e justiça. Mal começara a falar e andar e já se via em constantes aulas com os mais inteligentes professores, velhos filósofos, astutos diplomatas e valentes guerreiros. O rei não media esforços em oferecer o que de melhor havia no reino e proporcionou-lhe detalhados e profundos conhecimentos. A mãe passou incontáveis horas explicando-lhe a importância e a nobreza dos sentimentos. Mas não teve jeito. No fim a biologia falou mais alto que a filosofia e o príncipe virou um sapo que saiu pulando atrás da primeira perereca que passou pela frente.
O show não pode parar
Desde seus bisavós a família era proprietária do circo. Ela não ouviu o conselho, fruto da experiência de gerações, de não misturar amor e dinheiro e se apaixonou por um dos empregados, no caso o palhaço que por trás do sorriso maquiado e das roupas largas escondia um corpo atlético e uma fala galante. Talvez por ser a alma do artista a busca da admiração, após algum tempo descobriu que ele estava tendo um caso recente com a engolidora de espadas. Com o coração partido e o cérebro endurecido, planejou a vingança fazendo um seguro milionário que cobre acidentes no circo. Quer mais é ver o circo pegar fogo com o palhaço dentro.
Penso, logo desisto
Viu pela janela um sol de rachar que não rachava nada e reparou que das rachaduras do teto caiam gotas de uma chuva seca. Fechou a janela que nem chegou a abrir, acendeu a luz e a escuridão invadiu o quarto. Ficou a ouvir a música do rádio desligado enquanto contemplava a linda moldura na parede sem nenhum espelho e suspirou para o vazio que estava cheio de si. Saiu correndo vagarosamente do cômodo e ao adentrar na sala vazia cheia de móveis, caiu em si machucando-se muito. Quando conseguiu se erguer novamente viu uma figura negra como a neve no quadro da parede que lhe virou as costas, sentindo no reflexo do brilho do seu olhar uma doce amargura. A razão se fez presente em sua ausência. Deu de ombros, pois não sabia como terminaria aquilo, uma vez que esqueceu como começou.
Era uma vez em um reino distante no tempo e no espaço, um jovem príncipe que foi preparado com todo o zelo por seus pais desde a mais tenra idade para viver e governar com sabedoria e justiça. Mal começara a falar e andar e já se via em constantes aulas com os mais inteligentes professores, velhos filósofos, astutos diplomatas e valentes guerreiros. O rei não media esforços em oferecer o que de melhor havia no reino e proporcionou-lhe detalhados e profundos conhecimentos. A mãe passou incontáveis horas explicando-lhe a importância e a nobreza dos sentimentos. Mas não teve jeito. No fim a biologia falou mais alto que a filosofia e o príncipe virou um sapo que saiu pulando atrás da primeira perereca que passou pela frente.
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O show não pode parar
Desde seus bisavós a família era proprietária do circo. Ela não ouviu o conselho, fruto da experiência de gerações, de não misturar amor e dinheiro e se apaixonou por um dos empregados, no caso o palhaço que por trás do sorriso maquiado e das roupas largas escondia um corpo atlético e uma fala galante. Talvez por ser a alma do artista a busca da admiração, após algum tempo descobriu que ele estava tendo um caso recente com a engolidora de espadas. Com o coração partido e o cérebro endurecido, planejou a vingança fazendo um seguro milionário que cobre acidentes no circo. Quer mais é ver o circo pegar fogo com o palhaço dentro.
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Penso, logo desisto
Viu pela janela um sol de rachar que não rachava nada e reparou que das rachaduras do teto caiam gotas de uma chuva seca. Fechou a janela que nem chegou a abrir, acendeu a luz e a escuridão invadiu o quarto. Ficou a ouvir a música do rádio desligado enquanto contemplava a linda moldura na parede sem nenhum espelho e suspirou para o vazio que estava cheio de si. Saiu correndo vagarosamente do cômodo e ao adentrar na sala vazia cheia de móveis, caiu em si machucando-se muito. Quando conseguiu se erguer novamente viu uma figura negra como a neve no quadro da parede que lhe virou as costas, sentindo no reflexo do brilho do seu olhar uma doce amargura. A razão se fez presente em sua ausência. Deu de ombros, pois não sabia como terminaria aquilo, uma vez que esqueceu como começou.
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